"(...)Meu único dilema é que escrever dói. O branco do papel ou da tela dá espaço a um cérebro atordoado de ideias. É muito doloroso agrupá-las. Queria, talvez, acordar um dia sem precisar rascunhar-me do avesso. Pegar meu café, tirar os farelos do pão de cima da mesa e viver. Abrir a porta de casa e fechar a porta dos pensamentos. Permitir-me a displicência de uma moça de vinte e poucos anos. Mas nasci condenada a soprar uma ferida que não cicatriza. A ficar aqui, comigo mesma, numa profundidade que não permite qualquer invasão. Eu tô sempre só e, ao mesmo inexplicavelmente, pública. É que as palavras têm essa mania de saltar de mim e não me permitir o simples anonimato dos pensamentos alheios.
E há quem ache glamouroso tudo isso. Eu sei lá. Acho que eu poderia, quem sabe, ter, simplesmente, nascido boa em matemática".
terça-feira, 16 de julho de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Correnteza
Deixa o mar se abrir pro teu sorriso,
De onde vem essa paz que mora em mim?
Deixa que eu te deixo no infinito
Olhando assim, o laço é lindo,
Pena que desata em fim.
Doce o teu dilema de menina,
Cada vez que eu te deixo só.
De mãos dadas na eternidade, no teu sonho, na saudade
Dos teus passos, sei de cor.
Deixa que a beleza se revele,
Já não sou quem tu preferes,
Sei tão bem o meu lugar...
Triste é te ver assim tão longe,
Navegando nesses mares
Que eu não posso ancorar.
Assinar:
Postagens (Atom)