Preto e branco
Meio grisalho num novo rosto que nasce.
Prisão e liberdade
Deixa a gente dançar no acaso que age.
Grito e silêncio
Há dentro da voz
Pernas e braços
Nos desatam os nós.
Seco e molhado
Os beijos que demos
Doce e salgado
O sabor do veneno.
Canto e espanto
Um teatro, trágico.
Luz e escuridão
Feitos de sonhos meus.
Lua e sol
Ilha e farol
Desejo e solidão
Casais são casais
Barcos e cais
Deixa-me velejar!
Dia e noite
Eu tento lhe esquecer,
Mas se o raio de sol se esconde no brilho de outras estrelas
Para a nossa vida separar,
Olha para mim, pois
Nos teus olhos, há a luz
Pra te enxergar.
2 comentários:
Lembra os poemas parnasianos e os modernistas ao mesmo tempo, é reto mas é torto, é simples mas é belo.
Silence is deafening, there's no reason to talk, there's no reason to hear.
Mas eu posso imaginar o raio de sol brilhando sozinho. Sempre brilha.
Eu já disse várias vezes, não dá pra cansar.
Não custa dizer de novo : Lindo.
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