domingo, 19 de dezembro de 2010

Silêncio

Dói porque aos poucos se agita
Se esquece, se brinca
Se deixa pra trás.

Dói porque no fundo somos todos ferida,
Aguardando a saída,
Desses barcos no cais.

Dói se já não somos os mesmos,
Dos iguais que nós fomos
E deixamos de ser

Dói porque na calada da noite
Nossos olhos se esbarram
Para nos perder.

Dói se já não vejo seu rosto
Se já rompemos agosto nessa tarde linda,
Sem eu poder te dizer, mesmo em silêncio:

- Te amo, ainda.