Eu que tinha tanta voz hoje estou rouca
Eu que havia sido sã, fiquei tão louca
Eu que quis pagar pra ver e resolvi não mais sofrer
Eu que errei tentando te esquecer.
Você que me disse tanta coisa
Você que tanta coisa guardou pra si
Você que é meu poema mais antigo, o meu sonho mais perdido
Você que hoje já não mora aqui.
Ele que não tem a menor culpa
Ele que quis fazer-me tão bem
Ele que está sempre perto, que é sempre tão incerto
Ele que me fez ficar um pouco mais feliz.
Nós que somos um segredo
Nós perdemos para o medo
Nós sonhamos tanto que acordamos novamente
Nós que somos a brecha feita do que havia entre a gente.
Vós sejais um passatempo qualquer
Vós estais assim agora, mas nunca será ela a mesma mulher
Vós passareis também um dia
Vós vivereis para me ver.
Eles então irão aplaudir de pé
Eles lembrarão que um dia eu fui tudo que se quer
Eles guardarão então segredos, mergulharão em todo medo
Eles serão duas saudades qualquer.
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