A onda bate,
quebra na pedra.
As horas batem,
a falta aperta.
É inútil crer no tempo.
Há um talho, uma fenda,
Que deixa passar por dentro de mim uma luz estranha,
Ela me ganha e, por um só momento,
Traz-me paz.
Mas enquanto houver meu amor em movimento,
Ah! Desmanchei-me tanto pelo velho vento,
Hoje já não me importo em voar.
Deixe que a saudade se cale no momento,
Há um barco no mar. Ah! Quanto tempo...
Puseste meu coração mar a dentro.
Um comentário:
Amei o poema. Lindo demais.
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