quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Auto vôo


A areia ainda está úmida das lágrimas da gaivota branca

Que circulava em torno do mar quando se pegava triste

Quase ao fim, ela ainda existe!

Ela ainda voa.


Beija os mares com os olhos, ainda bem abertos para o mundo

Decolava em qualquer novo horizonte,

Deixava-se sonhar por um minuto.

Há muita vida para mostrar.


Então, sutilmente abaixa as asas e a guarda

E faz sua dança rotineira

Em busca de uma maneira de ser livre.

Mas há olhos fixos presos a ela

As mãos de Deus fazem seu ventriculismo com um fio translúcido

Onde as asas batem como o pulsar de um coração

Que ama no escuro do céu.

E ainda há muito dela pairado pelo ar

Ela ainda voa,

Mas já não é qualquer pessoa que a faz pousar.

Nenhum comentário: