sábado, 2 de janeiro de 2010

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Quis apagar de mim o vento que ainda derrubava tudo em minha volta. Eu quis não ver volta, quando ao mesmo tempo, eu só pretendia voltar. Eu quis desenhar novamente um sorriso apagado e pendurá-lo na parede do meu quarto para não sentir solidão. Eu descobri que a felicidade tinha nome, jeito e gênio, e a perdi, como um dia de chuva que passa. Eu queria morrer inundada, e esqueci do brilho do sol. Hoje a Lua não te lembra mais de mim, mas eu ainda lembro de você a cada momento, e eu nem sei porque.

Fui tão forte, agi sem pensar, fazia e errava e refazia errando novamente e querendo obter resultados diferentes fazendo a mesma equação. Era por si só que eu devia ter esquecido tudo, eu devia ter dormido mil dias a fim de te fazer sumir de mim, você que estava tão longe e tão vazio, e dentro dos os olhos não tinha se quer uma lágrima minha. Você foi tudo para mim.

Foi a calma, a mudança, o motivo. O motivo que é só meu e não se revela.

Deu-me o direito e o prazer de sentir um pouco de tudo, foi o meu mundo, e hoje é personagem principal da minha lembrança. Eu penso nos dias que ficaram pra trás, as palavras ditas, as promessas feitas, os planos... ah, os planos...

Era tão imperfeito o teu amor, o meu. E ele foi se arrastando sozinho, não vigiamos, não cuidamos. Ele perdeu-se. Não morreu. Está perdido em algum canto por aí. Tudo foi tão rápido, tão bonito. Seria talvez melhor se não acabasse, ou quem sabe um dia será mais lindo por ter aparecido de onde menos esperarmos. Então seremos como um livro deixado de lado, que por mais que não se tenha lido até o fim, há história até o fim. O nosso está no começo. Eu não fui apenas um capítulo, não aceito essa condição. Não importa a história atual, tampouco os novos personagens. Hoje sou página virada que virou por si só. Amanhã serei a tua história completa, nem que seja para chegar ao fim de novo.

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