quinta-feira, 15 de abril de 2010

À deriva



Eu te vejo navegar nas minhas linhas preenchidas
Das águas do teu mar de esquecimento, e
Pelo meu lamento, deixo que naufrague
O teu pouco amor que morre.

Das minhas palavras molhadas reguei tua sorte.
Teu nome entreaberto no meu peito fechado rasga o véu dessa lembrança que não me deixa
Sei de ti e do passo, do teu amor e descompasso
Sei ainda do teu jeito.

Mas já não sei nadar em tuas mentiras,
Já não sei fazer-te rimas
Que Jamais tu lerás.

Mas sei que ainda estou viva,
Vivendo na neblina
Do amor deste rapaz.

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