sexta-feira, 2 de abril de 2010

Estrelas por perto



Começou ínfimo, discreto
Silencioso como os olhos na noite escura.
Estava frio, mas aqui dentro das nuvens
Eu estava segura.

Havia um anjo e um soneto,
Palavras que me levantavam, me levavam
Havia borboletas e estrelas por perto,
E sonhos que não acabavam.

Havia também um homem,
Quase uma criança, quase um pai.
Sorria, acenava e me beijava.
Até me dizer: vai!

Eu fui.

Hoje moro nas esquinas do céu,
Vivo ao lado de um anjo que me acompanhou,
Minha criança, meu pai
O homem-anjo que me amou.

E tudo terminou gigantesco, indiscreto
Barulhento como os beijos na noite escura
Estava quente, mas com você presente
Estarei sempre segura.