sábado, 2 de janeiro de 2010

Giz


Uma imensidão de palavras bonitas já se perdeu de mim. Hoje elas pairam por lados opostos, elas se dividiram e com um breve fim, deixaram-me só.

Sei das folhas e do vento como ninguém, e hoje sei realmente o que me faz feliz. E talvez nunca aprenda. Sei do tempo do relógio e do tempo em que fomos, sei dos dias que vivemos e daqueles que ainda não se farão presentes. Hoje eu carrego comigo a bagagem de ser somente um só, de pertencer ao mundo como a lua e ser livre como um pássaro. Quero continuar correndo, pois os passos lentos já não me são admirados. Ontem, por andar devagar demais, acabei perdendo o caminho. Mas hoje eu sei o que me faz feliz.

Violando todos os fatos, sei que sou parte do abstrato do mundo. Meu calibre é o pior, meu veneno, o mais cruel. Minhas palavras sabem cortar feito navalha, mas têm vida própria e simplesmente se perdem de mim. Até mesmo as escritas sob lágrimas fazem muita gente rir. Umas escritas da forma mais forte, outras com o giz mais fraco da minha lembrança. Algumas serão apagadas com o tempo, outras com as minhas próprias mãos. Meus sonhos são completamente reais, e meus interesses, são sempre meus ideais.

Para mim, o mundo se tornou um grande círculo aberto e sem gravidade alguma. Isso me traz a vantagem de poder pisar em falso e conseguir, ao invés de cair, voar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Excelenteeee, mari! Você escreve bem demais, parabéns!! :D

Anônimo disse...

Que bonito Mariana, posso "twittar" um trecho disso aí? rs

douglas nascimento disse...

Escreve muito bem mesmo. Não parece forçado, é como se fosse uma simpatia com as letras, e para escrever é preciso ter isso mesmo, um certo gingado para dançar com as palavras.
Você o tem. Parabéns.

Serei abusado, vou colocar seu blog na lista que tem no meu (e nem precisarei pedir perdão pelo abuso).