quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ruas vazias



As ruas tão vazias
E não se ouvia nenhum barulho
Eu andava sozinha de novo
E ainda era o mês de julho.

Talvez um dia eu volte
Mas hoje eu só quero andar
Quem pode explicar o que se sente,
Quando se o que se sente não há?

Se obrigar a gostar
Fingir pro espelho você pode até tentar
Mas, sozinha no seu quarto à noite.
Pra si mesmo não poderá enganar.

Às vezes eu penso que essas ruas vazias
Nunca terão um fim
Já andei por tantos lugares
Mas nunca achei um lugar pra mim.

Eu só não quero voltar
Prender-me de novo não seria leal
Mas eu sei que ficar parada não dá
Pois ainda há muito que caminhar.

O cansaço, a falta de fé
Não me podem abater
Enquanto houver ruas pra seguir
Seguirei até não poder.

E quando enfim me achar
Talvez não precise de mais nada
E as ruas que vazias eram
Se tornarão o fim da minha jornada.

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