segunda-feira, 28 de junho de 2010

Constelação terrena



O céu se refaz diante de duas pequenas estrelas caídas.
São olhos intactos, distantes e incandescestes,
Apenas o que restou desta vida.

A lua se dobra num reflexo onipotente
Aquele olhar perdido não deixa vestígios
Ele se finca no fio perdido do presente
Mas só mostra um futuro distante e vazio.

O sereno recai como uma cachoeira de brilhos,
Aqueles olhos tão grandes guardam um coração escondido.
Ao longe, o céu e a lua que me vêem perdido
Guardam o segredo do meu silenciar.

Esta noite – Veja! Tão bela –
Eternizou-se em um par de olhos dentro dessa luz perdida.
De longe é possível notar quem domina o instante,
Dentro do olhar de estrelas caídas.

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