segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Canção que tocou em mim


Tão contrário a nós é apenas essa nossa insignificância,

Prepotência de acreditar no outro quando não cremos em nós.

Desacato ao pudor de quem não é pudico,

Gritos histéricos de quem não possui voz.


Grande amor! Uma lástima perdê-lo.

Perder pras sombras, pro interior...

Eis pobre daquele que pôde um dia tê-lo

Eu ainda sinto o amargar do teu sabor.


Agora apague as estrelas, acenda as velas

E me revela todos os seus dilemas,

Hoje em mim ficou de você as saudades

E uma canção que conta os seus problemas.


E ela começa assim:


Não terá fim, morena,

Enquanto pousar sobre mim os teus lábios

Que seja posta a mesa e a cama,

Pois eu estou aqui pra te amar e te ouvir. ’


Desculpe, era tarde demais quando olhei o relógio

Você havia escrito o resto da canção,

E agora eu havia me tornado uma das estrelas que você pintava ao longe,

Dentro do seu coração.


E o resto me dizia:


‘ Acabara a noite, amor.

E não acabara o amor.

Era manhã e a estrela ainda dormia ao meu lado,

Ao acordar olhou para mim e disse que sim,

Eu seria o seu eterno namorado.

Agora nem venha me dizer que não,

Se eu ainda te amo? Sim, a resposta é a mesma.

Agora eu só preciso que você espere o tempo errado,

E no tempo certo você me beija.

Agora me deixa ir,

Me deixa...

É longe de ti que deve ficar meu corpo por um instante,

Dentro de ti devem ficar minhas lembranças

Junto a ti, a minha alma.

E o teu apelo, reconheço, me comoveu.

Certo ou errado, sempre fui eu.

Volto em setembro, desculpe o transtorno

Mas não peça socorro, meu amor não morreu. ’

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