segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Absurdo


Começou ínfimo, discreto
Silencioso como os olhos na noite escura.
Estava frio, mas aqui dentro das nuvens
Eu estava segura.

Havia um anjo e um soneto,
Palavras que me levantavam, me levavam
Havia borboletas e estrelas por perto,
E sonhos que não acabavam.

Havia também um homem,
E um tempo que se arrastava e se eternizava devagar.
Pela janela se viam seis dos meses mais doces sorrirem,
Vindo nos guardar.

Hoje já sei o que você diz com cada palavra,
E com cada ruído que esconde no coração
Seria absurdo demais dizer que sem você sou nada?
Há quem diga que sim, há quem não.

Prefiro então desligar todo som e imagem
Já sei onde buscar as cores e as palavras que me mostram uma direção,
Sei que será sempre assim, e hoje tenho coragem,
Somos uma só vida e a soma dos dias
que vem e vão.

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