sábado, 19 de setembro de 2009

Sopro



Cansou-se de ouvir palavras sem sentido,

Deixou de lado aquele sorriso sonhado,

Hoje guarda consigo as estrelas e os sonhos vividos,

Frutos de seus gritos calados.


E ao fechar os olhos se ouve a canção de ontem,

E ao abrir os mesmos se enxerga a barulho de hoje.

Tanto ruído por tão pouca voz sincera,

Tanto silêncio por tão pouco gesto isento.


Por muito tempo, calar-se foi um tormento.

A amargura de antes agora fala de vida

E sopra por todo canto a luz que guardara aqui dentro.


A persuasão do correto estava errada,

E o que parecia ilusão era, de fato, real.

Assim pensou que sua história era mentira,

Fruto do que ouvira, mas nada é igual.


Neste momento seu rosto estava sem foco,

Centrado na complexidade dos seus pensamentos.

E a mesma voz que ontem era rouca,

Hoje promove canções aqui dentro.

Nenhum comentário: