sábado, 19 de setembro de 2009

Ex-cravo


Ele sempre amparou a flor para que ela não murchasse.

Anulava-se feito um coadjuvante,

E pela flor que seu perfume exalava

Vivia pra fazê-la feliz a cada instante.


Aquela bela e vermelha flor do campo

Que de manhã mostrava todo seu encanto

Ao abrigar os pássaros.


O cravo escravo do tanto que amava

Fazia-se feliz ao encontrá-la

Hoje vive só por não tê-la.


Ah, o ex-cravo agora sofre...

O fim do infinito amor dela.

E a flor, que agora vive por outros amores

Dele só sente pena.


E quando acabará o amor que o alimenta?

E a lembrança dela já está constante.

E faz cair sobre o cravo a saudade,

Do amor que tiveras antes.

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