sábado, 19 de setembro de 2009

Degelar


Corre pra cá,

Vem me amar,

Ver o dia nascer aqui do céu.

Embala-me com teu corpo pelo ar.

Vem juntar,

O tudo e o nada que nos completa.


Venha ser a parte que me resta

Que define minha alma,

Que contesta

Tudo que eu sou.


Venha ser o satélite que me guia,

Minha melhor companhia,

O meu tato e paladar.


Minhas mãos que correm pro seu rosto,

Nem que seja para uma lágrima enxugar.


E agora, noite fria de agosto,

Congela mais que o inverno polar.


Mas se tenho ao meu lado o oposto

Do gosto,

Do jeito que vier se jogar.

O frio lá fora há de passar...


E o coração que era de gelo,

Hoje ao te ter ao meu lado,

Poderá, enfim,

Amar.

Um comentário:

Marcelo Alves disse...

Tuas palavras são mais que vivas.
Elas proporcionam a tal.